O ato de cuidar de alguém sempre requer atenção absoluta. E tratar de um paciente nada mais é do que cuidar do seu bem-estar, fazendo-se presente, atento, ouvindo sua história com atenção para a patologia apresentada e suas possíveis causas, relacionando-a a casos parecidos e àquilo que literatura traz de informação sobre tratamentos atuais com eficácia comprovada cientificamente.
O cuidado com o paciente está no anotar as evoluções, recalcular e adaptar as estratégias de abordagem de acordo com a dinâmica e evolução do paciente. Sempre que um paciente nos procura, que eles entram pela porta, um mundo novo se abre. Cada paciente que nos procura tem uma bagagem, logo nós também precisamos tê-la.
Todos os dias, os pacientes chegam por diversas vias, com quadros clínicos diferentes e complexidade diversas. Contudo, eles geralmente apresentam um denominador comum: todos têm um encaminhamento. Este pode ser um documento redigido e assinado por um médico, ou mesmo uma indicação oral, mas sempre dotado de informações sobre sua patologia, que ajudará o profissional procurado a desenvolver o melhor método para saná-la.
Um diagnóstico clínico, feito pelo médico que contém informações sobre a patologia atual daquele indivíduo. O Fisioterapeuta, por sua vez, faz um diagnóstico funcional -ou disfuncional, quando é identificado algo que o paciente não consegue realizar e um porquê- , bem como um psicólogo, apto a fazer uma avaliação e dar diagnóstico psicológico ou um psicodiagnóstico, e seu acompanhamento o nutricionista é apto a fornecer um diagnóstico e acompanhamento nutricional e assim por diante.
Nota-se, no entanto, que cada profissional é capaz de fazer o diagnóstico específico de sua área e tratar o paciente com ferramentas específicas desta área. Por isso, conhecer a atuação de outras áreas é obrigação de cada profissional da saúde, pois, em situações que fogem de sua alçada, ele deverá encaminhar o paciente para a área de competência correta.
Saber o que cada área faz em profissão na área da saúde é conhecimento, experiência, estudo. Identificar e encaminhar o paciente para a área correta é obrigação de cada profissional. Trabalhar de forma integrativa com outras áreas, é ser multidisciplinar. A multidisciplinariedade é e será fundamental para o melhor cuidado à saúde.
A ideia da multidisciplinaridade é somar e não dividir.
Em uma situação prática, quando um atleta se machuca ou após uma cirurgia, ou até mesmo uma pessoa com dor que a acompanha há algum tempo, ele é atendido por – pelo menos – dois profissionais: o médico e o fisioterapeuta, isto porque uma equipe multidisciplinar conta com profissionais que, ao exercerem sua função específica, compõem o cuidado minucioso de um paciente, o qual seria impossível ser exercido por apenas um profissional – por mais capacitado que este o fosse.
Portanto, sabendo que cada profissional tem sua função no cuidado de um paciente, me orgulho de fazer parte de uma equipe multidisciplinar que conta com médicos ortopedistas, especialistas em dor, psicólogo, nutricionista, educadores físicos, sabendo que será entregue a cada paciente exatamente aquilo que ele precisa no momento.
E o melhor é que tudo isso está há alguns passos de distância, num lugar só, na porta ao lado.
Bruno Arruda
Fisioterapeuta do IMAP
Especialista em Dor
CREFITO3- 258.807-F
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